terça-feira, 18 de maio de 2010

Sempre vivemos no Castelo

Este é um livro que nos envolve, que se mastiga lentamente. Num ambiente negro tão norte-americano duas irmãs e um tio doente vivem numa casa onde uns anos antes toda a família morreu envenenada. A questão não será nunca o descobrir o assassino da família, que se vai adivinhando desde o início, mas antes descobrir como as duas irmãs recriam o ambiente perfeito para uma vivência doce e apaixonante vivendo numa casa que, após uma noite trágica, anos depois da morte da família, se transforma num castelo solitário. Shirley Jackson é um nome a decorar.
O ambiente inicial faz lembrar outro livro da Cavalo de Ferro, dos livros mais fortes e perturbantes que já li, o Casa de Campo de José Donoso. Pode-se ler no site da Cavalo de Ferro:

Uma obra magistral, considerada uma das obras-primas da literatura sul-americana. Finalmente em português.

Ambientado no século XIX, este magnífico romance retrata os acontecimentos passados num dia muito especial de uma mansão senhorial. A ausência inesperada dos proprietários adultos origina que as crianças assumam o controlo da casa e, juntamente com os servos e indígenas que trabalham nas minas da propriedade, a transformem em domínio erótico e febril. Esta festiva irrupção de pulsões reprimidas propiciará uma ruptura radical com a ordem social e a instauração de um novo mundo mágico, anárquico, exuberante, mas igualmente doloroso.

Expoente máximo da narrativa latino-americana contemporânea, «Casa de Campo» constitui uma parábola moral sobre a sociedade humana, comparável ao famoso romance «O Senhor das Moscas» de W. Golding.

Uma alegoria da anarquia, uma anarquia animal e descontrolada, numa viagem espiral de terror e liberdade. Um romance imperdível da grande literatura hispano-americana, desvendada aqui pela Cavalo de Ferro, a mostrar-se mais uma vez essencial no descobrir de pérolas da mais bela literatura.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

É bom bom bom...

... o Miguel Guilherme no Cabaret Maxime com o espetáculo "Que vergonha rapazes...".
Com textos de Mário Cesariny, Mário-Henrique Leiria, O'Neill, O Meu Pipi, Miguel Esteves Cardoso, Alberto Pimenta, Adília Lopes. É incrível que os textos são bons e ele lê-os muito bem, com a arte de quem percebe mesmo o que está a ler. A ver, imperdível.
A maior parte dos textos foi escolhida a partir deste maravilhoso e muito bem conseguido livro da Texto Editora:

que na verdade dá pelo fantástico título de ANTOLOGIA DO HUMOR PORTUGUÊS MAS SÓ O QUE SAIU EM LIVRO E MESMO ASSIM HÁ UNS QUE, SE CALHAR, NÃO DEVIAM AQUI ESTAR E OUTROS QUE NÃO ESTÃO E DEVIAM ESTAR, É COMO EM TUDO. 1969-2009 MAIS OU MENOS, ENFIM, 18 DE ABRIL DE 2008, ATÉ À HORA DE ALMOÇO O MAIS TARDAR, um livro que comprei uns dias antes de ver o espetáculo (há coincidências felizes) naquela trapalhada que dá pelo nome de Hora H da Feira do Livro de Lisboa.
Confesso-vos que há surpresas que me enchem a alma e as medidas e a descoberta com o espaço de dois dias deste livro e deste espetáculo foi sem dúvida uma delas. Fiquei algumas horas em estado de euforia (sou tão esquisita às vezes...)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Isto deve ser giro "todos os dias", "nas horas" e expressões que tais. Deve ser giro giro.

É na Comuna! Vamos, vamos, vamos?

O Craque vem a Lisboa e eu vou lá estar!



No próximo dia 13 de Maio,
no Parque Eduardo VII
(esplanada laranja)
às 18h30

a 80ª Feira do Livro de Lisboa recebe a Visita do Craque

Referimo-nos a Fernando Assis Pacheco em seu glorioso autoretrato desportivo enquanto infante conimbricense: 30 crónicas publicadas há 38 anos no Record, reunidas em livro há cinco, pela Assírio & Alvim, e agora gravadas alto e bom som pelo poeta e recitador Nuno Moura para a Boca (www.boca.pt).

A edição inclui fotografias inéditas e textos de Mário Zambujal, José Carlos Vasconcelos, Nuno Costa Santos e o já referido Nuno Moura. São, aliás, estes os craques que, juntamente com Ana Assis Pacheco, nos falarão destas Memórias de um Craque, autor e obra.

Agradecemos a vossa presença e divulgação.

Sugerimos que tragam um agasalho, que a conversa vai ser boa e as noites andam frescas.
Acrescentamos que a FLL este ano está uma animação e que a BOCA está presente na Tenda dos Pequenos Editores, uma em estilo árabe, à direita de quem sobe.

Pela concorrência desleal, pedimos desculpa ao Papa.

(texto Oriana Alves)