quinta-feira, 31 de março de 2011

Festival Literário da Madeira



Já está quase! Estou encantada com este festival. Tem feito parte das minhas conversas sobre livros (e relembro aqui mais uma vez o Encontro Livreiro do último domingo) que faz falta mudar as linhas com que se fala de livros. Nos festivais, nos cursos, nas conferências. Tenho os alunos dos meus cursos de literatura sedentos de novidade, de tons diferentes, arrojados. E com eles tantos outros. Tratar os livros por tu, como já aqui disse. E este festival faz isso. Este fim de semana são estas as mesas que vão acontecer:

Mesa 1 — Os escritores que fogem da fama
Alguns escritores, como J. D. Salinger ou o nosso Herberto Hélder, consideram que deve ser a sua obra a falar por eles. Virando as costas aos holofotes da fama, vivem no anonimato possível. Não concedem entrevistas, recusam prémios. Será legítimo?

Mesa 2 — Os escritores malditos
Malditos ou amaldiçoados, houve livros e autores que mudaram e atormentaram as vidas dos leitores. Lautréamont, Sade ou mesmo o nosso Pessoa, também eles foram considerados malditos. Será justo falar-se de maldição na literatura?

Mesa 3 — Os escritores inconstantes
Alguns escritores são profícuos, deixando dezenas de obras para a posteridade; outros, como Rimbaud, escreveram muito pouco e ficaram imortalizados na literatura. Haverá uma periodicidade mínima para se ser escritor?

Mesa 4 — Os escritores esquecidos
Quantos génios esquecidos sustentam a História da Literatura? Quantos, com grande êxito no seu tempo, estão hoje arredados das estantes das livrarias? Invoquemos os génios esquecidos a partir de uma escolha pessoal dos intervenientes.

Mesa 5 — Os escritores maltratados
Escritores sem reconhecimento em vida, outros que tiveram as suas mensagens deturpadas ou mal interpretadas. Outros para a quem a vida foi agreste, vivendo da caridade e solidariedade alheias.

E o que me encanta ainda mais é que só é disto que eles vão falar. Vai ser bom viver na Madeira este fim de semana.

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