Na próxima semana os Poetas do Povo marcam presença no FESTIVAL
SILÊNCIO com um conjunto de seis sessões com curadoria minha. Está aqui
um elenco de luxo, conto com vocês! Todas as sessões são no bar Vicking e
duram um pouco menos de uma hora. Passem por lá enquanto circulam pelas
imensas surpresas que este festival traz à cidade.
Ao meu elenco de luxo, obrigada
POETAS DO POVO (sessões 161 a 166) / O MUNDO NÃO SE FEZ PARA PENSARMOS NELE. Festival Silêncio, 1,2 e 3 de Julho
http://festivalsilencio.com/
Houve sempre poesia. Dentro de todos os séculos e todas as idades. E a
poesia foi sempre escrita na razão de cada poeta mas junto de outros
poetas. Em diferentes tempos e diferentes idades houve diferentes
poesias, por razões que tanto eram pessoais como universais. Assim se
foi fazendo, por aqui, a nossa história.
Porque o mundo não se fez
para pensarmos nele mas sim para o escrevermos e lermos vamos agora
percorrer quatro séculos de poesia e perceber que poesia havia para ser
dita e lida e cantada, por tantos poetas, em tantas poesias, em tão bela
e única história poética. Curadoria de Rosa Azevedo.
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POESIA E CLASSICISMO
1 de Julho 19h
Foi no tempo em que a poesia era salva em mar alto, poesia dos heróis,
dos modernos, poesia que imagina a ponte entre o antes e um império
inteiro por haver. É a poesia como a única linguagem possível.
António Poppe
Gustavo Rubim
Luís Serpa
Mùsico - João Paulo Gaspar (viola d'arco)
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POESIA E ROMANTISMO
1 de Julho 21h
Houve o tempo em que a poesia teve de entender e cantar o amor.
Instrumentalizou-se a palavra em prol do poeta, descobriu-se que a
palavra não existia longe do eu. Foi o tempo das questões e não das
respostas. Verbalizou-se a dúvida, poetizou-se o que era até então
indizível.
Raquel Marinho
Cláudio Henriques
André Gago
Mùsico - João Paulo Gaspar (viola d'arco)
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POESIA E REALISMO
2 de Julho 16h
Com o fim do séc. XIX o escritor percebeu que a escrita é uma arma com
poderosas consequências. Percebeu a responsabilidade da palavra escrita,
entendeu a sociedade como mutante e complexa. Foi o tempo em que a
poesia teve consciência de si, da sua força no mundo enquanto pertença.
Maria Coutinho
Sara Felício
Nuno Miguel Guedes
Músico: Filipe Valentim (piano)
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POESIA E MODERNISMO
2 de Julho 18h
Poesia autónoma, artística, cubista, futurista, libertadora, maquinal,
moderna, fragmentária, metálica, violenta, simbolista, sonora, vibrante,
suicida, irreverente, indiferente, fracturante, alucinante, modernista.
Ana Brandão
Ana Rocha
Patrícia Portela
Músico: Filipe Valentim (piano)
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POESIA E SURREALISMO
3 de Julho 16h
Como nos disse António Maria Lisboa «A actividade surrealista não é uma
simples purga seguida de um dia de descanso a caldos de galinha, mas
revolta permanente contra a estabilidade e cristalização das coisas.».
Ao que poderia ter respondido Cesariny “Eu acho que se se é surrealista,
não é porque se pinta uma ave, ou um porco de pernas para o ar. É-se
surrealista porque se é surrealista!”
Joana Bertholo
Margarida Ferra
Claudia Sampaio
Músico: Luís Bastos (guitarra acústica e clarinete)
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NOVÍSSIMA POESIA
3 de Julho 18h
Veio o tempo dos poetas. Sem escola, com a originalidade possível, na
procura da palavra exacta na frase fragmentada. Uma poesia que chegou a
todos, a lugares improváveis da cidade. E quando os poemas cobrem a
cidade, os Poetas do Povo procuram neles a palavra exacta para a
reproduzirem no último dia do Festival Silêncio, oferecendo a palavra
aos seus ouvintes e dando aos leitores o espaço absoluto da poesia.
Marta Navarro
Inês Lago
Raquel Nobre Guerra
Músico: Luís Bastos (guitarra acústica e clarinete)
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