segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

E junto aos arquitectos eis que surge José Tolentino Mendonça, com uma tirada destas:


A arte nasce de um mal estar. A fé nasce de uma ferida. Nascem os dois de uma procura de algo mais. Como dizia Sá-Carneiro, precisamos de "um pouco mais de azul"
.

Não é facil falar de religião num momento em que a religião ou nos cega ou nos revolta. Torna-se cada vez mais difícil reconhecer na religião uma espiritualidade desinteressada. O Tolentino ainda consegue. Ainda assim, e quando fala da poesia, considera-se um "poeta profano".

É esta a escrita dele:
"Acho que o sentido por excelência de um escritor é o ouvido. E, mesmo se não escrevo todos os dias, estou sempre atento à conversa humana, às palavras, ao seu ritmo, à sua temperatura. Estou sempre a tomar apontamentos, pequenas anotações. E daí parto para outras associações, preencho lacunas, continuo frases. Essa é a minha oficina."

1 comentário:

cm disse...

Rosinha,
Notável generosidade a de partilhar as palavras de Tolentino.
Guardei-as sem as registar por escrito mas o teu post é o convite para as transcrever e difundi-las.
bjs
cm