Em entrevista à revista OS MEUS LIVROS deste mês:
Tens um poema intitulado "valter hugo mãe" que começa assim: "o rapaz dotado de três mortes / tem o nome exactamente igual ao meu". Por acaso sabes quantas ele já gastou?
As três. Não pode gastar mais nenhuma. Mas quer morrer menos do que nunca. No meio da confusão, talvez me sinta mais feliz do que nunca. Enfim, uma felicidade assim consciente, porque vejo em meu redor tanta coisa a desmoronar que é impossível ser-se feliz à grande. Já não corro para a morte. Faço caso e deixo que seja ela a vir apanhar-me, se assim o entender. agradeço que me ignore um pouco, anseio sempre pelo Verão.
1 comentário:
e depois vem o outono com livros novos e filmes bons. E depois são os teus anos, já agora também podia passar essa altura. E depois é Natal e o Natal é tão bom...
Ela que venha quando a vida já não tiver interesse e aí acompanhamo-la de bom grado.
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