terça-feira, 30 de março de 2010

Luiz Pacheco e a sua Comunidade

Todos nós temos com os livros falhas de estimação. Eu nunca tinha lido a Comunidade. O livro esgotado há anos. E há livros que não se pedem emprestados, porque são raros, e um dia chegamos à estante e o livro não está lá e não nos lembramos a quem emprestámos e há aquela tristeza [barra] frustração de quem tem nos livros uma continuidade dos dedos, da cama, do lavatório da casa de banho, do fogão, do sofá da sala, do candeeiro antigo. De quem tem nos livros a propriedade maior.
O que é especial neste livro é que é certo que o Pacheco não se tenha esforçado por escrever aquilo. E quando a escrita não é pensada para ser uma escrita de amor e é, torna-se muito mais verdadeira. Quando não se ama obrigatoriamente um filho porque é um filho e mesmo assim se escreve o que ele escreveu é ainda uma escrita mais preciosa. Quando se é o Pacheco e quando é o Pacheco quem escreve a Comunidade torna-se ainda mais arrebatador. Não porque o Pacheco não fosse capaz de escrever este livro mas porque não seria de esperar que o fizesse e, certamente, não fez qualquer esforço para o fazer. Há qualquer coisa de visceral. Aquilo é assim. Foi assim que aquilo se passou. E aquela família é tão triste como luminosa. E real é a palavra certa para este livro se todos os livros tiverem uma palavra. E a força dele vem desse real inesperado e despido que nos deixa a todos surpreendidos com a vontade que temos em ter um dia uma família [barra] uma cama assim.

Texto integral da Comunidade e tantas outras coisas do Pacheco aqui.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O João Paulo Borges Coelho é o maior!


A entrevista completa aqui.

A sua prosa é clássica, não há qualquer esforço para encaixar no estereótipo do escritor africano. É deliberado?


A minha escrita é clássica mas há, por vezes, um desvio do cânone. Não sou um purista. É verdade que neste livro há uma abordagem mais neutra da língua, como se dissesse que a questão do livro não é a língua.

O facto de o protagonista e narrador ser um alemão também pede essa abordagem mais neutra.

Do ponto de vista daquilo que está construído como sendo a literatura moçambicana, meter uma personagem alemã deixa as pessoas perplexas. É um atentado ao formato clássico. Se calhar devia pôr um colonialista férreo, maléfico, ou então um libertador puro. Mas não é isso que me interessa.

Interessa-o mais a literatura do que esse tipo de discurso?

Desconfio da literatura enquanto arma para educar as pessoas. As pessoas educam-se a si próprias. O livro tem de ser suficientemente aberto para que o usem como entenderem, até para declararem a nulidade dele. Se não há liberdade, perde o interesse. Como tal, resisto muito a que este livro seja considerado um romance histórico.

Domingo na Fnac do Chiado | Hermínio Monteiro



"O Hermínio gostava de partilhar os seus segredos. Trás-os-Montes era um segredo, como a noite de Lisboa. A comida era um segredo, como o vinho e os charutos. Os amigos eram um segredo, como os poetas, que também eram os amigos. E os livros eram o maior segredo."

Apresentação do filme de André Godinho, um filme fantástico, humano, visceral. Sobre o grande editor Hermínio Monteiro, o nosso editor de poesia, no Dia Mundial da Poesia, às 18h30. eu vou lá estar!

quarta-feira, 17 de março de 2010

E só porque é o João Paulo fecho os olhos à Leya. Ele merece... Amanhã lá estarei.



Lançamento de O Olho de Hertzog

João Paulo Borges Coelho
pela Leya

Lisboa
Sociedade de Geografia

18 de Março, 19h

Rua das Portas de Santo Antão, nº 100
com Fernando Rosas


Esta semana é a escondida polémica dos livros - mais uma vez a Leya a protagonizar a visão do livro como mercadoria

Pode-se ler no último JL:

"José da Cruz Santos denunciou recentemente a destruição de 40 mil exeplares de 96 títulos por si publicados na ASA ao longo da última década. Entre eles contam-se obras de autores tão importantes como Vasco Graça Moura (12 títulos), António Ramos Rosa (8), Eugénio de Andrade (5), Urbano Tavares Rodrigues (5), Maria Helena Rocha Pereira (2), Fernão Lopes, Almeida Garret, Eduardo Lourenço, Jorge de Sena, Paulo Quintela, Mário Cláudio, Albano Martins, Manuel António Pina, J. M. Fernandes Jorge, Maria Alzira Seixo, etc. etc., etc..
(...) José da Cruz Santos afirma que a Leya lhe terá enviado uma carta, em Março de 2008, com uma proposta de livros para abate, a que o editor respondeu criticando a medida e sugerindo a oferta das obras a instituições como escolas, prisões e hospitais. "Provavelmente não o quiseram fazer devido aos problemas fiscais e económicos que isso representaria. Mas com o tamanho e importância que o grupo tem, poderiam ter negociado com o Ministério das Finanças." Vasco Graça Moura é um dos autores que viu as suas obras guilhotinadas. Ouvido pelo JL, revelou-nos que não foi avisado pela editora, ficando impossibilitado de comprar os livros que quisesse."

terça-feira, 16 de março de 2010

É disto que se vai falar hoje na Trama



Carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro


"...E contudo - penso-o com tristeza - pus no Caeiro todo o meu poder de despersonalização dramática, pus em Ricardo Reis toda a minha disciplina mental, vestida da música que lhe é própria, pus em Álvaro de Campos toda a emoção que não dou nem a mim nem à vida. Pensar, meu querido Casais Monteiro, que todos estes têm que ser, na prática da publicação preteridos pelo Fernando Pessoa, impuro e simples!

Passo agora a responder à sua pergunta sobre a génese dos meus heterónimos. Vou ver se consigo responder-lhe completamente.

Aí por 1912, salvo erro (que nunca pode ser grande), veio-me à ideia escrever uns poemas de índole pagã. Esbocei umas coisas em verso irregular (não no estilo Álvaro de Campos, mas num estilo de meia regularidade), e abandonei o caso. Esboçara-se-me, contudo, numa penumbra mal urdida, um vago retrato da pessoa que estava a fazer aquilo (tinha nascido, sem que eu soubesse, o Ricardo Reis).”

Aos Deuses

Aos deuses peço só que me concedam
O nada lhes pedir. A dita é um jugo
E o ser feliz oprime Porque é um certo estado.
Não quieto nem inquieto meu ser calmo
Quero erguer alto acima de onde os homens
Têm prazer ou dores.

Ricardo Reis

“Ano e meio, ou dois anos depois, lembrei-me um dia de fazer uma partida ao Sá-Carneiro - de inventar um poeta bucólico, de espécie complicada, e apresentar-lho, já me não lembro como, em qualquer espécie de realidade. Levei uns dias a elaborar o poeta mas nada consegui. Num dia em que finalmente desistira - foi em 8 de Março de 1914 - acerquei-me de uma cómoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com o título Guardador de Rebanhos. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome Alberto Caeiro. Desculpe-me o absurdo da frase: aparecera em mim o meu mestre.”


Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.

Alberto Caeiro

“Aparecido Alberto Caeiro, tratei logo de lhe descobrir - instintiva e subconscientemente - uns discípulos. Arranquei do seu falso paganismo o Ricardo Reis latente, descobri-lhe o nome, e ajustei-me a si mesmo, porque nessa altura já o via. E, de repente, e em derivação oposta à de Ricardo Reis, surgiu-me impetuosamente um novo indivíduo. Num jacto, e à máquina de escrever, sem interrupção nem emenda, surgiu a Ode Triunfal de Álvaro de Campos - a Ode com esse nome e o homem com o nome que tem.”

Ode Triunfal

À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.


Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!


Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical --
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força --
Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro,
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro
E há Platão e Virgílio dentro das máquinas e das luzes eléctricas
Só porque houve outrora e foram humanos Virgílio e Platão,
E pedaços do Alexandre Magno do século talvez cinquenta,
Átomos que hão de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo do século cem,

Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes volantes,
Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,
Fazendo-me um excesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma.

Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!

Álvaro de Campos

“Criei, então uma coterie inexistente. Fixei aquilo tudo em moldes de realidade. Graduei as influências, conheci as amizades, ouvi, dentro de mim, as discussões e as divergências de critérios, e em tudo isto me parece que fui eu, criador de tudo, o menos que ali houve. Parece que tudo se passou independentemente de mim. E parece que assim ainda se passa. Se algum dia eu puder publicar a discussão estética entre Ricardo Reis e Álvaro de Campos, verá como eles são diferentes, e como eu não sou nada na matéria.

(...) Como escrevo em nome desses três?... Caeiro por pura e inesperada inspiração, sem saber ou sequer calcular que iria escrever. Ricardo Reis, depois de uma deliberação abstracta que subitamente se concretiza numa ode. Campos, quando sinto um súbito impulso para escrever e não sei o quê. O meu semi-heterónimo Bernardo Soares que aliás em muitas coisas se parece com Álvaro de Campos, aparece sempre que estou cansado ou sonolento, de sorte que tenha um pouco suspensas as qualidades de raciocínio e de inibição; aquela prosa é um constante devaneio. É um semi-heterónimo porque, não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela. Sou eu menos o raciocínio e a afectividade. A prosa, salvo o que o raciocínio dá de "ténue" à minha, é igual a esta, e o português perfeitamente igual; ao passo que Caeiro escrevia mal o português, Campos razoavelmente mas com lapsos como dizer "eu próprio" em vez de "eu mesmo", etc., Reis melhor do que eu, mas com um purismo que considero exagerado. (...) “

(em 13 de Janeiro de 1935)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Discurso lido por João Paulo Borges Coelho quando recebeu o prémio das mãos de Armando Guebuzado




Desde tempos recuados que o continente africano se tornou famoso como fonte de matérias-primas. Por elas se matou e se morreu. No princípio foi o ouro da bíblica Ofir e do Mwenemutapa, depois o marfim, o corno de rinoceronte capaz de operar maravilhas no Oriente, e até a energia humana por meio do hediondo comércio de escravos e dos trabalhos forçados. África forneceu pois, ainda que de forma involuntária e nem sempre com proveito, o combustível das grandes revoluções que fizeram o mundo avançar para aquilo que é hoje. À medida que este avançava, novas matérias-primas nela foram sendo descobertas, assim como se apuraram novas maneiras de as pesquisar: o cacau e a borracha, o petróleo, os diamantes, e até o coltan, o chamado “ouro azul” do sul do Congo, sem o qual os notebooks e os telefones celulares não poderiam funcionar.

Todavia, há uma matéria-prima que desde sempre foi passando despercebida às pesquisas, apesar das esforçadas expedições, da sofisticação das análises e dos testes, dos radares e sondas, enfim, dos satélites.
A matéria-prima a que me refiro, em estado bruto parece uma pedra vulgar em nada distinta das outras pedras. É uma pedra feita das histórias das pessoas deste país Moçambique, e desta região: dos seus desejos e sonhos, das suas memórias e disputas, dos lugares que habitam e do que fazem no seu dia-a-dia – enfim, da vida que têm. Talvez (e porque é esta a ordem do mundo enquanto a não conseguirmos mudar), uma pedra mais despojada, mas ainda assim capaz de uma beleza e força singulares.
A par de me desbravar os meus próprios interiores e de me confrontar com a minha própria língua, entendo a escrita literária como o ofício de polir essa pedra. Todavia, dado que para polir cada pedra há primeiro que achá-la, é um ofício que depende também, em grande medida, de mestres garimpeiros. No meu caso tem havido muitos, e quero deixar aqui o nome de três.
O primeiro nome é o de Joaquim Soto, velho camponês das montanhas de Chimanimani, que em certa data do longínquo ano de 1970 que já não consigo precisar, me abrigou de uma chuva torrencial na sua palhota, comigo partilhou o seu milho assado, me ofereceu uma esteira e uma capulana com que passar a noite, ao mesmo tempo que me chamava de seu neto. Revelando-me como vivia e como pensava, entregava-me, com paciência e generosidade infinitas, uma pequena pedra para que eu a polisse.
O segundo nome é o de Suzé Mantia, que no início da década de 1980, nas aldeias de Mavago, Chilolo e Nkalapa, me ensinou o significado do som de cada tambor e como se montava a armadilha dos pássaros; e me indicou a específica rocha, junto ao rio, onde Samora e Josina se sentaram a descansar, a meio da difícil marcha para sul. Em palavras cantantes de uma minúcia real e ao mesmo tempo imaginária, descreveu-me os acontecimentos todos que couberam dentro desse dia. Lenhador fortíssimo, capaz de derrubar uma árvore grossa com três machadadas, era também o marceneiro exímio que fabricava uma porta com pormenores de espantosa subtileza. Homem de um riso límpido como nunca vi igual, e que infelizmente a malária levou.
O terceiro nome é o de Joaquina Mboa, camponesa e sacerdotisa da aldeia de Bawa, que em meados da década de 1990 me contou a saga do Kanyemba, velha de mais de cem anos, com uma precisão que os documentos de arquivo só vieram comprovar – facto que ainda hoje não deixou de me intrigar.
São inúmeros os exemplos destes meus mestres garimpeiros, tantos que é impossível enumerar. Muitos deles provenientes até da imaginação.
Tal como são inúmeros os mestres ourives que, a partir das pedras que lhes chegaram ou chegam às mãos se têm dedicado a minucioso polimento, com isso ajudando a entender os meandros do ofício de que falo: o Craveirinha, a Noémia, o Knopfli, o Luís Bernardo, o Mia, a Paulina, o Ungulani, o Patraquim, o White, o Suleiman. E, em particular, o jornalista e escritor João Albasini, que me levou pela mão a espreitar segredos antigos desta cidade, alguns dos quais este livro, indiscreto, revela.
Tantos são os mestres ourives que é pois também difícil enumerar. Estes e outros por esse mundo fora, que ao longo dos tempos e nos mais diversos lugares nos têm oferecido à leitura as suas jóias particulares. Porque é de leitura que falo, dado que é através dela que podemos chegar à miríade de brilhos e reflexos que de cada jóia emana.
Este livro, “O Olho de Hertzog”, que o júri do Prémio Leya resolveu premiar, conta uma história que curiosamente gira também ao redor de uma pedra. Uma pedra que eu – ourives não de primeira, mas de recente viagem – formalmente hoje devolvo ao lugar onde a fui buscar. Pretendo que o gesto seja um contributo no esforço de tantos mestres garimpeiros e ourives que se dedicam a levantar a parede – que já vai alta – da literatura moçambicana. Desejo também que essa parede seja parte integrante e importante daquilo a que podemos chamar simplesmente a Casa da Literatura.


João Paulo Borges Coelho
Maputo, 4 de Março de 2010

Já saiu já saiu já saiu já saiu já saiu


"O que procura Hans Mahrenholz, um oficial alemão que se faz passar por empresário e jornalista inglês, nas ruas da Lourenço Marques de 1919, ainda no rescaldo da Grande Guerra? E por que não assume a sua verdadeira identidade? E por que procura desesperadamente um mulato com nome grego e uma longa cicatriz? E como o pode ajudar um dos mais famosos jornalistas dessa cidade, um mestiço assimilado e carismático? Hans Mahrenholz (ou Henry Miller) chega ao norte de Moçambique num zepelim e é largado de pára-quedas, sozinho, em plena selva, com a missão de se juntar ao contingente do general Lettow. Consegue-o. Mas todo o resto da campanha militar é assombrada pela estação das chuvas, a floresta virgem, a malária e os confrontos com os exércitos inglês e português. Quando chega a Lourenço Marques, Hans já não é o herói ingénuo e corajoso que se juntou a Lettow. É uma personagem misteriosa com uma missão misteriosa…"

quarta-feira, 10 de março de 2010

e porque estou numa de Mário-Henrique Leiria, e porque comprei ontem na valiosa Trama os Novos Contos do Gin...

...e porque está esgotado em todo o lado os Contos do Gin-tónico e o meu desapareceu de minha casa, e porque a última vez que fui à BN vi estes desenhos na minha mão e comovi-me porque sou uma menina no que toca aos meus surrealistas, e tudo e tudo e tudo cá fica este desenho do MHL



uma delícia - Júlio Cortazar explica a origem dos seus míticos personagens - os cronópios e as famas

Um livro I-N-D-I-S-P-E-N-S-Á-V-E-L em todas as mesas de cabeceira, aqui as duas edições, espanhola (Punto de Lectura) e portuguesa (Estampa). O requinte do humor com a arte única da escrita de Cortázar. Bom, bom, bom!


uma pérola = Mário-Henrique Leiria + Mário Viegas