sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

[do acontecimento na poesia]

O poema é quase sempre mais uma construção (e, sendo assim, o meu acesso a ele não é imediato nem espontâneo, tenho de aprender a desconstruí-lo), construção essa que permite, a quem escreve, agir com as palavras, dar a ver e ouvir o mundo de uma forma que a civilização e a razão sublimam ou recalcam; e a quem lê, ter acesso, talvez mais profundo e luminoso, ao que está a acontecer.

João Barrento
Geografia Imaterial
Documenta, 2014

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