PROGRAMA
DIA 14, QUINTA-FEIRA
17h00: Abertura da Feira do Livro e das Exposições
18h00-20h00 [Salão]
Comunicação de abertura | Apresentação de projectos e leituras: Revista Apócrifa – Projecto Literário em Curso, com Vasco Macedo e convidados | Lançamento: Vós, Luminosos e Elevados Anjos, de William T. Vollmann, da Editora 7 Nós, apresentado por Manuel João Neto | Mesa redonda: Da edição à recusa do silêncio, moderada por Rosa Azevedo, com Diogo Madredeus, Eduardo Sousa, Maria Quintans e Paulo da Costa Domingos
[20h00-21h30: pausa para jantar]
21h30-22h30 [Bar] Leituras e cinema: Poesia do século XXI, por Cláudio Henriques, Iolanda Laranjeiro, Miguel Santos e Susana Arrais | Arquipélago: projecção do episódio Rui Nunes – mensageiro diferido | Projecção da curta-metragem A mão cinzenta, de Hugo Magro | Concerto: Piiano
23h30: Selecção musical de Raquel Nobre Guerra e Valério Romão
DIA 15, SEXTA-FEIRA
17h00–22h00: Feira do Livro e Exposições
18h30-20h00 [Salão]
Apresentação de projectos: Flanzine e Flan de Tal; Abysmo | Mesa redonda: Ilustração e Tipografia, moderada por Rui Miguel Ribeiro, com Luís Henriques, Pedro Serpa e Sara Figueiredo Costa
[20h00-21h30: pausa para jantar]
21h30-23h30 [Bar]
Mesa redonda: Nas costas da loucura, moderada por David Teles Pereira, com Abel Neves, Frederico Pedreira, Miguel Cardoso e Vasco Gato | Leituras: Preparativos inúteis para um motim em Lisboa, por Miguel Cardoso; Voo Rasante e Natural in Verso – Mariposa Azual; Que o fogo recorde os nossos nomes, de Antonio Orihuela, por Daniel Macedo Pinto | Concerto: Favola da Medusa
23h30: Selecção musical de Vasco Gato e Frederico Pedreira
DIA 16, SÁBADO
17h00–22h00: Feira do Livro e Exposições
17h30-20h00 [Salão]
Apresentação de projectos: Editora Palavras por Dentro | Debate: Edição em Portugal – Uma história de dependência ou de independência?, com Hugo Xavier e Rosa Azevedo | Leituras: A morte do artista, textos de e por Fernanda Cunha, Firmino Bernardo, João Eduardo Ferreira e Manuel Halpern | Mesa redonda: Os Espaços da Crítica, moderada por Paulo Tavares, com António Carlos Cortez, Gustavo Rubim, Joana Emídio Marques, José Mário Silva, Maria da Conceição Caleiro e Nuno Fonseca
[20h00-21h30: pausa para jantar]
21h30-23h30 [Bar]: Lançamento: Quiz show, de Kraus G., da Editora a tua mãe*, apresentado por Rafael Dionísio | Leituras: Autores Artefacto, por Paulo Tavares e Sara M. Felício; “O mais belo espectáculo de horror somos nós”, por Rosa Azevedo e convidados; POEMANIFESTO Revisitado – Flan de Tal & Senhor Vulcão Concerto: The Crubi (Beatriz Bagulho – baixo / Cruna – bateria) + Nuno Moura (Leituras)
23h30: Selecção musical de Grémio Nefelibata
EXPOSIÇÕES
Trabalhos soltos, de Clube do Inferno (André Pereira, Astromanta, Hetamoé, Hugo e Mao) | Four Hours, de David Gonçalves | (sem título), de Hugo Xavier | Rememoração, de José Josué | Arritmias, de José Pedro Trindade
EDITORAS E PROJECTOS PRESENTE NA FEIRA DO LIVRO
abysmo, 7 Nós, Apenas Livros, Artefacto, By the Book, Companhia das Ilhas, Clube do Inferno, Diagramas, Do Lado Esquerdo, DSO, Douda Correria & Mia Soave, Editora a tua mãe*, Flanzine e Flan de Tal, Guilhotina, Grisu, Língua Morta, Livro de Ontem, Mariposa Azual, não (edições), Oficina do Cego, Palavras por Dentro, Palimpsesto, Photozine Azedume, Revista Apócrifa, Revista Bíblia, Rodrigo Miragaia, Tea for One, The Portfolio Project & Huggybooks
1 comentário:
Aproveito que se fala de poesia aqui para deixar um link para um texto do Álvaro da Horta, meu colega no Sed Contra (sed5contra.blogspot.com), sobre a poesia de Herberto Helder que promete escandalizar mesmo os menos dados a escandalizar-se:
http://www.sed5contra.blogspot.pt/2015/06/sed-contra-crianca-tolinha-1.html
Eis o início do texto:
"Quando um poeta falece, os poetas que ainda não faleceram têm por hábito elogiar muito a poesia do falecido. O mesmo não acontece com a classe dos padeiros ou, para não se dizer que comparo injustamente, com a classe dos larápios. Tal como seria bizarro que um padeiro que ainda não faleceu elogiasse as carcaças de um padeiro acabado de falecer, é pouco provável que haja larápio que, presente nas cerimónias fúnebres do larápio falecido, se lembre de elogiá-lo antes de se lembrar de lhe larapiar o que quer que lhe tenham posto nas algibeiras do fato com que vai para a cova. O fenómeno é certamente explicável, mas seria decepcionante se, votando-me agora às manhas da sociologia para demonstrar que faz parte da vocação de poeta elogiar outros poetas, deixasse de lado o caso particular do poeta que deveras faleceu há dias e cuja poesia foi elogiada por todos ou quase todos os poetas que, por razões que cabe aos deuses explicar, ainda não faleceram. Que a poesia de Herberto Helder não merece os elogios que recebeu, e que os poetas que o elogiam não merecem, portanto, senão a consolação de ainda não terem falecido como ele, eis o que a análise tratará de mostrar de seguida. Correndo o risco de estragar a surpresa que o título, tendencioso como qualquer título, talvez tenha estragado antecipadamente, nenhuns desses elogios são merecidos porque, apesar de o considerarem poeta, melhor o consideraria quem o considerasse uma criança tolinha. Para não maçar excessivamente quem leia, e porque revela o que há a revelar de uma criança tolinha que acabou laureada a demonstração das tolices de criança por que se destaca, das tolices púberes que lhe formaram o carácter e das tolices adultas com que se explica o resto da sua existência, divido a análise em três textos, cada um demonstrativo de cada um destes três géneros de tolice. Importa ainda avisar, não vá alguém queixar-se de ter sido enganado ao descer do pano do que ficar dito, que, sempre que chamar o poeta falecido ao palco para mostrar o que sabe fazer, assim iluminando o que afirmo através da ribalta da citação, me reportarei sobretudo à sua poesia inicial. Para o efeito, ela me chega. Quem achar, porém, que a parte da obra assim aclarada não representa o todo da obra do poeta, achando em propô-lo a má vontade ou a vilania de quem o propõe, não deve esquecer-se de que aquele que, por deformidade original, dá em nascer coxo a vida inteira passa a coxear. Em vez de tentar provar-se atleta, melhor faria tal coxo, de resto, se respeitasse o exemplo dado por quem assim nasceu e pusesse o empenho em “provar-se vilão”. Mereceria com certeza outras palmas."
Cumprimentos,
Francisco Lacerda
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