domingo, 9 de outubro de 2011

Filho de mil homens, de Valter Hugo Mãe

O valter escreveu sobre a família e zás, toca no meu ponto fraco. Fala de como as famílias se criam e constroem e de como somos mesmo filhos de mil homens e pais de mil homens. Fala de como o amor existe em rede e é também um sentimento de comunidade. É um livro positivo como os outros não conseguiram ser, fala de uma busca pelo sol que acaba numa busca de viagem ao negro e à luz, alternadamente. Mostra-nos os caminhos retorcidos na resposta às nossas escolhas. É um livro de escolhas onde em conjunto a comunidade se ajuda a decidir o melhor caminho. As personagens são como sempre ricas e inquestionáveis, retorcidas e vivas. É um livro que é uma viagem aos quintais daquela gente, à cabeça de pessoas para quem uma galinha gigante é mágica e onde uma anã e um homossexual podem ser fatalmente perseguidos menos pela família que inventaram.
É um livro em bom. Mais um do nosso valter que quis, desta vez, dar um toque de esperança à escrita e mostrar que quando connosco a vida é terrivelmente quotidiana com as nossas personagens podem acontecer milagres. É um livro milagre este. Mas real. Um milagre-real.

1 comentário:

argumentonio disse...

que o escritor também é gente!

;_)))