Estou como se não houvesse mais para dizer que uma palavra
uma interminável palavra
no interminável silêncio
uma interminável palavra
no interminável silêncio
Estou como um cavalo esquelético à beira dum horizonte
perdidos todos os caminhos
perdidos todos os caminhos
Estou no entanto familiar
e rodeado de presenças
e rodeado de presenças
Escavo no chão absurdo
e uma pedra dá-me confiança
e uma pedra dá-me confiança
Na solidão da terra encontro
como o vestígio dum segredo
como o vestígio dum segredo
Poemas Nus (1953-1958)
Viagem Através duma nublosa
Edições Ática
Viagem Através duma nublosa
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